Linda e emocionante reflexão!
“Certa vez, um pai chegou em casa super estressado e ligou a televisão para assistir ao telejornal. O filho se aproximou sorridente:
– Pai, vamos brincar?
O pai respondeu irritado:
– Meu filho, você não está vendo que estou muito ocupado? Vá brincar com seus irmãos que depois a gente conversa.
O menino saiu, chateado, mas logo em seguida voltou de novo e perguntou:
– Pai, quanto você ganha por hora de trabalho?
E o pai, irritado, disse:
– Você não está vendo que estou ocupado? Vá falar com sua mãe, já lhe disse que estou ocupado, saia daqui.
Alguns minutos depois o garoto tentou chamar a atenção do pai novamente:
– Pai, quanto é que você ganha por hora de trabalho?
O pai não aguentou e explodiu:
– Você é muito mal-educado! Você não percebe que estou ocupado! Vá já para seu quarto.
– Mas, pai, eu ainda nem jantei!
– Não quero nem saber! Vá para seu quarto agora e não saia de lá.
Assustado, o garoto foi para o quarto com fome, sem entender o que estava ocorrendo.
Terminado o telejornal, o pai se deu conta da bobagem que fizera. Caiu na real e foi chamar o garoto para jantar. Quando abriu a porta, viu que o filho dormia. A consciência pesou. Acordou o menino, que levantou sobressaltado:
– Não, pai, não me bata, desculpe ter atrapalhado seu programa, prometo que isso nunca mais vai acontecer, por favor, não me bata!
Naquele instante, o coração do pai se apertou, e ele disse:
– Não, filho, desculpe o papai, vamos jantar. Depois a gente vai brincar e eu quero que você me conte como foi seu dia.
O menino, percebendo a mudança de tom, aproveitou para perguntar de novo:
– Pai, quanto é que você ganha por hora de trabalho?
O homem parou, pensou e respondeu:
– Ganho mais ou menos 3 (três)reais.
E o menino pediu:
– Pai, dá para você me emprestar 2 (dois) reais?
O pai, sentindo-se culpado, pegou duas moedas de 1(um) real e deu ao menino, que então tirou do bolso do short 2 moedas de 50 centavos, juntou-as e disse:
– Pai, aqui tem 3 (três) reais. Você me vende uma hora de seu trabalho para a gente brincar? Por favor, venha para casa amanhã mais cedo, que gostaria de brincar com você.
O pai ficou entristecido e decepcionado consigo mesmo, abraçou o filho e pediu o seu perdão.”
A história acima é contada no primeiro capítulo do livro Pais e Filhos, Companheiros de Viagem, de Roberto Shinyashiki, chamado: Dê prioridade a seus filhos! Depois de contar o episódio, o autor diz:
“Eu entendo que você viva sob pressão no trabalho, mas essa realidade não pode servir como justificativa para não curtir seus filhos ao chegar em casa. Certamente as mães de hoje não têm mais a mesma disponibilidade de ficar o dia inteiro com os filhos como no passado. Hoje muitas mulheres trabalham fora e exercem uma série de atividades. Pais e mães, ao chegar em casa, precisam encontrar energia para curtir os filhos. Isso tem de ficar muito claro: filho não é obrigação! Aproveitar esses momentos de encontro é uma forma de recarregar as baterias e cumprir um papel que cabe exclusivamente aos pais.
Muitas pessoas admitem que se sentem culpadas por não ter tempo de curtir os filhos porque precisam trabalhar muito. O mais triste dessa história, porém, não é quando você está longe de casa. Duro mesmo é voltar, dar um beijo formal na turma, abrir a geladeira, pegar uma cerveja, abrir o jornal e ligar a televisão. Então, sim, as coisas ficam péssimas. Nesse momento, você mostra para a seu/sua filho(a) que vale menos que uma lata de cerveja, você mostra a seu filho que ele é menos importante que um jornal. Triste é destruir a autoestima deles.
Quando estiver trabalhando, dê 110% de sua energia. Mas, quando estiver em casa, curta as pessoas que você ama.”