quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O mundo das “mulheres insuportáveis” tem nome: exaustão.

“Não há ser humano na face da terra que aguente o ter de organizar a casa, fazer o almoço e jantar, cuidar dos filhos, limpar chão, lavar casas de banho, colocar roupa na máquina, estender, guardar, trabalhar, se virar e se revirar, sem que a saúde mental, física e emocional sejam comprometidas.
Geralmente chegamos ao final do dia com sensação de fracasso, de que deveríamos ter mais braços, ser de aço.
Chegamos ao final do dia em débito.
Especialmente com nós próprias...
Cabelo sempre preso.
Algo público e notório e que as mães sempre se deixarão por último.
Ao invés de se aproveitar dessa vulnerabilidade emocional das mães, observe. Não é a toa que vem tensão, sobrepeso, dores musculares, doença. Auto cuidado em declínio dá nisso.
E a conta chega.

Tornamos insuportáveis, chorosas, estressadas, sem paciência, sobrecarregadas e doentes.
Tem dias que dói na alma sentir que somos impotentes, insuficientes, que não estamos a dar conta de tudo.
Mal sabemos que nos cobramos em demasia, pra lá do sobre-humano. Que na verdade, não é que não demos conta.É que não tem como dar conta.
Muitas de nós seguimos tentando o impossível.
A sensação de ter sempre o que fazer e nunca nada está realmente terminado é algo insuportável. Sufoca-nos. E o que muitos não sabem é que é sobre “impotência”, é sobrecarga.
E o que alguns dizem por aí, é que tudo isto tem transformado mulheres lindas e maravilhosas em pessoas insuportáveis. Cobrando mais ao invés de ajudar e de perceber esse pedido de ajuda mudo e angustiante.
Exautão, pessoal. Esse é o diagnóstico. É a consequência de aceitar fardos. De fazer mais do que se pode, se consegue e se suporta.
Este é o mundo das mulheres insuportáveis. Um mundo sem rede de apoio. De não saber dizer “não”.
Exaustão pode virar depressão, ansiedade, cansaço crônico e doença física. É preciso cuidado com as mulheres “insuportáveis”. Elas podem estar por “um fio”, a implorar por um braço estendido disposto a ajudar.

Observem, ajudem, cooperem e enxerguem-nas.”

(Desconheço a autoria, se alguém souber, avise-nos, por favor, para darmos os devidos créditos ao autor deste texto lindo e tão verdadeiro)

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