quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Das coisas que deixamos pra depois. (Marla de Queiroz)

Muitas vezes, quando encontramos um amor que nos causa a sensação de eternidade, 
é muito comum e perigoso ficar planejando coisas para o futuro esquecendo 
que o futuro depende do nosso presente.
É como deixar para “fazer aquela” surpresa “depois”, já que temos uma vida inteira “juntos” pela frente. Mas quanto tempo dura “uma vida inteira”? E o “juntos”? Até quando poderemos fazer isso ou aquilo “depois”? E até quando o “depois” estará lá?
Tenho refletido muito nestes instantes em que, por uma questão de um tempo necessário, coisas vão sendo deixadas para ser feitas no “melhor momento”, no mais adequado e, ainda, sobre todas as outras que foram e são deixadas para depois.
(Esta reflexão não é para causar ansiedade, mas um senso de que as coisas podem não estar mais lá quando você decidir cuidar delas).
A vida é dinâmica, tudo muda de lugar, as pessoas mudam os seus planos e prioridades. As importâncias podem simpatizar com outros projetos. Alguém pode causar a sensação de proximidade, mas seu coração pode já ter feito as malas. 
E o “depois” poderá ter embarcado no agora.
Enquanto você acha que ainda há tempo.
(Marla de Queiroz)

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